Repetindo um padrão observado nas eleições presidenciais de 2002 e 2006, o eleitorado feminino foi decisivo para adiar o desfecho das eleições, segundo cientistas políticos e demógrafos que estudam o voto das mulheres. Além de serem a maioria do eleitorado brasileiro (cerca de 52%), as mulheres são maioria também entre os eleitores indecisos (cerca de 60%), e foi essa fatia que engordou os resultados da verde Marina Silva (principalmente) e do tucano José Serra na reta final do primeiro turno, em detrimento da petista Dilma Rousseff. Levando-se em consideração só o eleitorado masculino, Dilma seria eleita, no 1º turno, com 54% dos votos válidos, segundo a última pesquisa do Instituto Datafolha, e segundo o Ibope. As mulheres mais conservadoras foram as que mais transferiram seus votos, provavelmente influenciadas pela ação de grupos religiosos que associaram Dilma a uma posição favorável ao aborto , dizem os especialistas:
- A proposta de Marina Silva de deixar uma questão moral, como o aborto, para ser resolvida por plebiscito, somada à pressão de grupos religiosos convenceram o voto feminino conservador, especialmente em regiões mais atrasadas e fora dos grandes centros urbanos, a mudar de posição - diz Maria do Socorro Sousa Braga, cientista política da Universidade Federal de São Carlos (Uscar).(O Globo Online)
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