terça-feira, 9 de abril de 2013

Carioca trabalha 3 vezes mais para comprar tomate

Carioca trabalha 16 horas para comprar os nove quilos de tomate que integram a cesta básica. Há um ano, eram apenas 6 horas

Se o carioca dormir durante oito horas e trabalhar, sem interrupções, nas demais 16 horas do dia, poderá pagar apenas pelos 9kg de tomate que compõem a cesta básica. A quantidade de tempo é quase três vezes maior do que a do ano passado, quando bastavam, aproximadamente, seis horas de trabalho para se adquirir a mesma quantidade do produto. Em relação aos outros itens da cesta, o tomate só perde para o pão e para a carne, para os quais o carioca precisa trabalhar 16 horas e 18 minutos e 27 horas e 39 minutos, respectivamente.

O cálculo, obtido no banco de dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), expõe o patamar a que chegou o preço do fruto. Só no primeiro trimestre deste ano ficou 95,39% mais caro no Rio de Janeiro. Nos últimos 12 meses, o preço médio do quilo passou foi de R$ 1,87 para R$ 5,51, uma alta de 194,65%.

De acordo com o Dieese, o alto preço do tomate se deve ao excesso de chuvas desde o início do ano, que diminuiu a produtividade das lavouras e a qualidade do produto, impactando o varejo. Batata subiu 52% este ano. Depois do tomate, o produto da cesta que mais encareceu no Rio foi a batata: 52,86% de janeiro a março deste ano e 121% nos últimos 12 meses. A cesta básica no Rio, hoje em R$ 314,99, acumula alta de 11,77%, desde janeiro passado, e de 22,69%, desde março de 2012. (Extra/Redação)


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