quinta-feira, 2 de maio de 2013

Fiéis da Jornada Mundial da Juventude vão se hospedar na favela


Participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vai se tornar uma experiência para lá de diferente para alguns jovens que virão de fora do Rio. Muitas das 250 mil ofertas de alojamentos feitas por voluntários para abrigar peregrinos são de casas em favelas. Somente na Rocinha, em São Conrado, 10 famílias se inscreveram na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, na Estrada da Gávea, cedendo seus imóveis como alojamento.
No grupo, está a dona de casa Maria Leonor Souza da Silva, 55 anos. Mãe de um ex-seminarista e de um voluntário na JMJ, ela disponibilizou dois quartos da sua casa, que fica no final da Rua do Valão, na Rocinha, para receber jovens que virão ao Rio para o evento católico. “Estou feliz e acho que vai ser uma experiência positiva tanto para mim quanto para eles”, afirmou Maria, que, ao ser questionada sobre a violência na comunidade, foi enfática: “Aqui não está tão tranquilo como falam”.
Até o momento, cerca de 120 mil peregrinos se inscreveram solicitando hospedagem. Esse número inclui vagas em casas de famílias e instituições. Não é possível para o jovem que pedir abrigo escolher um bairro de preferência.
No Morro do Borel, sete famílias estão na expectativa para abrir a porta dos seus lares para fiéis de outros estados e países. Um deles é o auxiliar administrativo Artur Oliveira, 28 anos. De tão empolgado, ele já pensa numa festa de confraternização para os visitantes no final do evento. “Acho que colocá-los aqui vai quebrar um pouco estão questão de que a comunidade é sempre o local de violência, droga e tiros. Vai ser um intercâmbio muito rico para todos”, disse ele. (Odia/Redação)

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