quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Saiba o que é o vírus HTLV, detectado em grávidas em estudo feito na Baixada

A não obrigatoriedade do teste para detecção do HTLV — um vírus que facilita o aparecimento de doenças neurológicas, linfomas e leucemias — durante o pré-natal é um dos fatores que contribui para a propagação da infecção. Essa é a conclusão de um estudo realizado no Hospital Estadual da Mãe (HEM), em Mesquita, em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, e publicado na revista científica PLoS Neglected Tropical Diseases.

Na pesquisa, 1.204 gestantes da região metropolitana do Rio de Janeiro, já em trabalho de parto, foram analisadas. Oito casos positivos de HTLV, que pertence à família do HIV e ainda é pouco conhecido pela população, foram identificados: sete do subtipo 1 (aparentemente, o mais perigoso) e um do subtipo 2. O número, que representou 0,66% do total da amostra, foi considerado alto pelos pesquisadores, cujo objetivo era quantificar a prevalência da infecção.

— Como não há cura para a doença, a melhor forma de combatê-la é a prevenção. Se a mãe tem conhecimento de que é portadora do HTLV ainda durante a gravidez, temos condições de impedir o aleitamento após o parto e evitar a transmissão do vírus para o bebê — explica o ginecologista e obstetra Sérgio Teixeira, diretor do HEM.
Segundo o médico, um dos autores do estudo, seria interessante que o teste que detecta a infecção fosse obrigatório no pré-natal, como é nos bancos de sangue. O alto custo do exame é uma das principais barreiras à popularização.

Quem deseja saber se é portador do HTLV deve procurar a rede privada para fazer o teste. Algumas unidades públicas realizam o exame, mas apenas em casos de forte suspeita de contaminação. (Extra/Redação)



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