quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Sem fiscalização, flanelinhas cobram caro por vagas no Rio

Nove mil vagas para estacionamento estão sem supervisão na Zona Sul do Rio. A empresa responsável pelo serviço não opera desde maio, quando terminou o contrato com a prefeitura. Com a falta de fiscalização, os flanelinhas têm aproveitado para extorquir dinheiro dos motoristas. As informações são do Bom Dia Rio.
Encontrar uma vaga para estacionar no Centro da cidade é uma tarefa difícil para os motoristas e é dessa dificuldade que os flanelinhas se aproveitam para entrar em ação.
“Aqui é R$ 15 por causa do reboque. Agora mesmo o reboque levou dois carros aí”, disse um flanelinha. Como mostrou o Bom Dia Rio, ele usa até cones para reservar espaço.
Guardar vagas em áreas públicas é proibido por lei. A cobrança irregular é crime de extorsão. Na Zona Sul da cidade, guardadores com colete da Embrapark cobram ágio; o preço deveria ser de R$ 2 por duas horas, mas na Avenida Atlântica, em Copacabana, o preço chega a R$ 10.
A Embrapark era responsável por nove mil vagas no Rio. O contrato com a prefeitura venceu em maio. Mesmo assim, a empresa está autorizada a operar, junto com sindicatos que cuidam das outras vagas na cidade.
“Eu coloco um bilhete aí no senhor e fica o dia todo com o bilhete. R$ 12 é a diária, barato, barato, mais barato que particular”, falou um guardador em Ipanema.
No Leblon, a cobrança é semanal e custa R$ 50. “Um galo, se desenrolar um galo, contigo mesmo, um galo a semana toda”, disse.
A prefeitura informou que não vai renovar o contrato com a Embrapark porque pretende mudar o sistema de estacionamento. O objetivo é instalar parquímetros, equipamentos para emissão automática de comprovantes de pagamento.
Segundo a prefeitura, a Embrapark ainda poderia operar, junto com os sindicatos, até que a licitação para o novo sistema fosse feita, mas a empresa informou que já demitiu e indenizou todos os guardadores. Aqueles que ainda usam colete da Embarpark estão em situação irregular.
A Secretaria Municipal de Transportes afirmou que os tíquetes podem ser vendidos a qualquer pessoa que tenha cadastro na instituição. A Guarda Municipal e a Secretaria de Ordem Pública informaram que este tipo de repressão é responsabilidade da polícia. A PM informou que precisa que as pessoas prejudicadas façam a denúncia.
O Sindicato dos Guardadores Autônomos disse que a categoria está abandonada, mas tem esperança de que os trabalhadores tenham a situação regularizada. (G1/Redação)

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