segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Mesmo privatizado, terminal de Niterói sofre com problemas antigos

Pouco mais de dois meses depois de ser privatizado, o Terminal Rodoviário João Goulart, no Centro de Niterói, ainda sofre com os antigos problemas: plataformas com infiltrações, pistas esburacadas, banheiros em má conservação, iluminação precária e falta de vigilância.

É comum ver pedestres se arriscando ao atravessar vias restritas aos coletivos, sem qualquer fiscalização.
Quando assumiu a administração do João Goulart, a vencedora da licitação, Terminal de Ônibus de Niterói (Teroni) – formada pela Construtora Zadar Ltda e KF Empreendimentos – prometeu que nos primeiros meses seriam feitas modificações, principalmente nas áreas com grande circulação de passageiros, como os banheiros. Mas até agora não foi feita nenhuma intervenção visível.

"Não percebi diferença. O terminal continua como antes, com os mesmos problemas. À noite, apenas uma parte fica iluminada e só uma plataforma funciona. Eu tenho medo de andar sozinha aqui depois das 23 horas. Falta segurança", comentou a vendedora Amanda Souza, de 27 anos.

O contrato assinado entre a Prefeitura e o consórcio Zadar-KF prevê a concessão do terminal por 20 anos. A exigência é de um investimento de R$ 4 milhões nos próximos cinco anos. Em contrapartida, a nova administradora poderá explorar comercialmente o local, alugando espaços para estabelecimentos. Algumas entidades públicas possuem unidades já estabelecidas, e a Teroni afirma que os órgãos serão mantidos.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, o processo de privatização do terminal esteve em debate durante mais de um ano, mas parte da população desconhece a mudança na administração. Dos seis entrevistados, nenhum tinha conhecimento da privatização.

Para o porteiro Sandro Pereira, de 36 anos, o terminal continua com as mesmas deficiências.

"É um absurdo que nem os problemas emergenciais foram resolvidos", reclamou.

Segundo o motorista Eric Gregório, de 28, as pistas precisam de reparo urgente.

"Os buracos continuam, e os motoristas acabam se desdobrando para desviar os ônibus. Além disso, em dias de chuva, as infiltrações nas plataformas incomodam", contou.

(O Fluminense)

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