terça-feira, 29 de abril de 2014

Rua em Vila Isabel terá telão para passar os jogos do Brasil na Copa

Vila Isabel é um dos bairros cariocas com maior tradição de enfeitar suas ruas para as Copas do Mundo. E, este ano, com o evento marcado para o Brasil, a animação parece que vai ser maior. Comandados por Victor Marques, 32 anos, Bernard Dantas, 21, Hélcio Mattos, 21, e Maurício Aragão, 23, um grupo de cerca de 30 moradores da Rua Pereira Nunes, no trecho que pertence ao bairro de Noel, vêm trabalhando desde o fim do ano passado para promover mais uma grande festa.

“Desde a primeira vez que foi decorada, na Copa de 1990, a rua sempre é a primeira a começar os preparativos. Esse ano mantivemos a tradição”, orgulha-se Maurício Aragão.

Vencedora de prêmios em Copas anteriores, a rua da Zona Norte conta até com patrocínio de uma empresa para este ano, que pediu anonimato, mas bancou metade dos gastos com o material verde e amarelo. “O resto veio da colaboração de moradores. Ao todo, nosso orçamento é de R$ 7 mil”, revela Victor.

Mas a festa no bairro boêmio não vai se resumir às fitas nas cores da bandeira e aos muros grafitados com imagens que remetem à Copa e ao Rio. No trecho entre as ruas Teodoro da Silva e 28 de Setembro, a Pereira Nunes será fechada e um telão vai ser instalado para que os torcedores possam acompanhar os jogos do Brasil. “Vamos ter 500 pessoas assistindo as partidas da Seleção Brasileira. Depois dos jogos, o público deve chegar a 4.500 com os shows e as barraquinhas de comida e bebida que serão montadas na rua”, conta Hélcio Mattos.

Organizadores dos festejos, os moradores da Pereira Nunes também estão atentos aos protestos contra o Mundial que vêm acontecendo no país desde junho do ano passado. Mesmo sendo críticos aos gastos públicos para a realização do evento, o grupo de amigos explica sua decisão de decorar a rua. “Somos contra a maneira como a Copa está sendo feita, mas estamos aqui pela Pereira Nunes e a favor da nossa Seleção”, diz Bernard. Segundo ele, não há contradição em protestar contra os custos do evento e torcer por Neymar e companhia. (O Dia/Redação)

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