segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Após fim de semana violento no Complexo da Penha, oito linhas de ônibus são desviadas


Após um fim de semana de violência, ônibus deixaram de passar nas proximidades do Complexo da Penha, Zona Norte do Rio, na manhã desta segunda-feira. Segundo o Rio Ônibus - sindicato da empresas -, foram desviadas as rotas de oito linhas: 312, 313, 621, 622, 623, 625, 628 e 679. Os coletivos estão seguindo pela Avenida Brás de Pina e evitam as vias mais próximas à comunidade - como, por exemplo, Avenida Ministro Moreira de Abreu e a Rua José Rucas.


Todos os pontos finais dessas linhas foram transferidos para a Rua José Maurício. Ainda de acordo com o Rio Ônibus, “o consórcio Internorte informa que a operação voltará ao normal assim que sejam restabelecidas as condições de segurança, sem mais riscos para os usuários e os funcionários das empresas.” A opção para os moradores são vans e Kombis clandestinas.

Por meio de perfis em redes sociais, moradores do Complexo da Penha comentam a situação na comunidade e buscam informações: “Queria saber se está tudo normal. Tenho que ir trabalhar”, diz um comentário. Outra pessoa, que trabalha na favela, tenta saber se é seguro ir para o local: “Alguém sabe informar como está a situação? Trabalho na Vila Cruzeiro”. A assessoria de imprensa das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) informou que o policiamento está reforçado na Vila Cruzeiro e não houve registros de novos confrontos.




Morto e feridos

O tiroteio o Complexo da Penha ocorreu na noite de sábado. Policiais militares da UPP e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) faziam um patrulhamento quando, segundo os PMs, foram alvos de disparos feitos por três homens. No confronto, dois suspeitos foram baleados. Um deles não resistiu ao ferimento. Outro ficou internado sob custódia no Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha.
No tiroteio, uma mulher foi atingida por uma bala perdida na perna. Ele foi encontrada pelos policiais na Rua 29, no Parque Proletário, e também foi levada para o Getúlio Vargas. Na ocasião foram apreendidos armas. A ocorrência foi registrada na 22ª DP (Penha).

Tiros também no Alemão

Além do Complexo da Penha, o policiamento segue reforçado também na Fabela Nova Brasília, no Complexo do Alemão. No início da noite deste domingo, segundo a assessoria de imprensa das UPPs, policiais da unidade da comunidade faziam patrulhamento na localidade conhecida como Rua Sem Saída quando foram recebidos a tiros por bandidos armados.

Houve confronto, mas os criminosos fugiram. Uma mulher foi atingida de raspão na testa, sofreu um corte e foi socorrida para o Hospital Getúlio Vargas. Ela foi medicada e liberada em seguida. O caso foi registrado na 45ª DP (Alemão).

Comércio e escolas não funcionam na região

Algumas lojas no Complexo da Penha também não abriram na manhã desta segunda. De acordo com a Secretaria municipal de Educação uma escola, um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) e três creches no local estão sem atendimento "por conta de violência no entorno".


O mesmo acontece no Alemão, onde uma escola está sem funcionar. Ao todo, as unidades dos dois conjuntos de favelas atendem a 1.662 alunos. A Secretaria informou que o conteúdo perdido será reposto. (Extra/Redação)


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